Reinventar é uma palavra que caracteriza Berlim,
uma cidade em constante transformação.
A partir do espaço de uma antiga fábrica de
cerveja, a Bötzow, em Prenzlauer Berg, desde 2013 foi desenvolvido um dos projectos gastronómicos
mais entusiasmantes de Berlim.
Na outrora maior cervejeira do norte da Alemanha,
localiza-se actualmente o restaurante La Soupe Populaire, a perfeita encarnação
da reinvenção e um dos restaurantes mais consagrados de Berlim.
Este restaurante, assim como o bar de cocktails Le Croco Bleu (situado na antiga sala de máquinas da fábrica), ocupa uma parte da
antiga fábrica, maioritariamente ainda devoluta, mas em processo de obras de
renovação e reconstrução rumo a um grande projeto imobiliário que inclui um
boutique hotel, um espaço de indústrias criativas, espaços de lazer, entre
outros. Este projecto tem como modelo o New York’s Chelsea Market.
Com um tecto alto, o restaurante situa-se numa área
alcandorada, em mezzanine, enquanto na parte de baixa existe uma galeria de
arte de exposições temporárias.
A arquitetura industrial bruta fornece um inusitado
e surpreendente ambiente para degustar a comida alemã clássica reinterpretada.
Rodeados de arte, tubos expostos, vigas de aço,
máquinas antigas e móveis vintage
estamos perante um ambiente industrial-chic, onde se conjuga arquitectura, arte
e gastronomia.
O conceito gastronómico é by Tim Raue (chef estrelado no seu restaurante homónimo), mas é Michael Jaeger, o chef executivo, quem trabalha a confort food alemã.
O conceito gastronómico é by Tim Raue (chef estrelado no seu restaurante homónimo), mas é Michael Jaeger, o chef executivo, quem trabalha a confort food alemã.
Há sempre dois menus, um fixo, que corresponde a
uma visão moderna dos pratos tradicionais alemães, e outro inspirado na
exposição temporária patente na galeria de arte.
Neste lugar incrível, para além do apetitoso couvert, composto por pão, linguiça, cornichons em picles e uma manteiga com cebola frita, degustámos três pratos do menu temporário e um do menu permanente.
Deste último, apoiado em interpretações modernas dos clássicos, chegou-nos as Königsberger Klopse, prato tradicional prussiano de almôndegas servido com puré de batata, conserva de beterraba e molho cremoso de redução de Riesling.
Este prato, um dos destaques do restaurante, fez parte do jantar de Estado servido a Barack Obama aquando da sua visita a Berlim em 2013, passando a ser também conhecido como "Obama Ball's".
Dos pratos do menu temporário deliciámo-nos com a excelente entrada de salmão, sopa fria de pepino e iogurte de wasabi.
O outro prato principal que devorámos foi uma reinterpretação do joelho ou perna (fiquei com dúvidas de anatomia) de porco, com chucrute, esferificação de batata e mostarda.
Brilhante. Sobretudo a textura crocante da pele e a carne suculenta e macia.
Finalizámos com uma sobremesa de frutos vermelhos e gelado de baunilha. Para além dos frutos e do gelado, tudo, já na mesa, foi regado com um caldo quente de frutos vermelhos. Boa sobremesa, mas não surpreendente.
De um sítio abandonado e desolado foi feita uma intervenção que transformou uma parte da antiga fábrica num espaço inovador, criativo, moderno, elegante e delicioso.Neste lugar incrível, para além do apetitoso couvert, composto por pão, linguiça, cornichons em picles e uma manteiga com cebola frita, degustámos três pratos do menu temporário e um do menu permanente.
Deste último, apoiado em interpretações modernas dos clássicos, chegou-nos as Königsberger Klopse, prato tradicional prussiano de almôndegas servido com puré de batata, conserva de beterraba e molho cremoso de redução de Riesling.
Este prato, um dos destaques do restaurante, fez parte do jantar de Estado servido a Barack Obama aquando da sua visita a Berlim em 2013, passando a ser também conhecido como "Obama Ball's".
Dos pratos do menu temporário deliciámo-nos com a excelente entrada de salmão, sopa fria de pepino e iogurte de wasabi.
O outro prato principal que devorámos foi uma reinterpretação do joelho ou perna (fiquei com dúvidas de anatomia) de porco, com chucrute, esferificação de batata e mostarda.
Brilhante. Sobretudo a textura crocante da pele e a carne suculenta e macia.
Finalizámos com uma sobremesa de frutos vermelhos e gelado de baunilha. Para além dos frutos e do gelado, tudo, já na mesa, foi regado com um caldo quente de frutos vermelhos. Boa sobremesa, mas não surpreendente.
Estou certa que da próxima vez que regressar a Berlim, estas características se tenham estendido à totalidade do espaço. Porque em Berlim não se pára de recriar.