sábado, 18 de agosto de 2012

Yauatcha

Só à segunda tentativa conseguimos comer no Yauatcha, um restaurante cantonês localizado no Soho (também existe uma filial em Mumbai, India). Decidimos ir até lá porque o tínhamos visto referenciado (na Time Out, num programa promocional de Londres nas linhas aéreas da Virgin e noutras publicações) como uma das opções de restaurante numa visita a Londres.

A primeira vez que tentámos jantar por lá saiu frustrada, por não termos reserva, o restaurante estar cheio, o tempo de espera ser apenas 30 minutos mas a hora ser já demasiado adiantada e a fome ainda maior.
Como o restaurante nos pareceu muito apelativo arriscámos uma nova ida no dia seguinte, igualmente sem reserva. Facto de assinalar, longe das snobeiras muitas vezes recorrentes cá no burgo, ainda mais tratando-se de um restaurante com uma estrela Michelin.
Inexplicavelmente só dias depois de lá termos jantado é que descobrimos este facto. Na verdade não consigo avaliar se é merecedor ou não desta distinção estrelar. Mas não tenho dúvidas que gostei muito de lá ter jantado, que a comida é de qualidade e o serviço eficiente e simpático. Valeu termos insistido numa segunda tentativa.
Sobre o restaurante. Trata-se de um dos restaurantes de Alan Yau, também proprietário do upscale Hakkasan (que para além de Londres, tem filiais em Miami, Nova Iorque, Abu Dabhi, Dubai e Mumbai) e criador da cadeia Wagamama, um pouco espalhada por todo o mundo, de cozinha acessível de sabores asiáticos.
O restaurante tem dois andares. No andar de baixo funciona o restaurante e no de cima, que fica ao nível da rua, para além de restaurante, durante o dia funciona também como casa de chá, onde para além dos chás é servida pastelaria (e que pastelaria, mas já lá vamos), formidavelmente exposta logo à entrada. Todo o espaço, confortável e bonito, apresenta uma decoração de linhas depuradas e elegantes.

Sobre a ementa. As possibilidades são múltiplas. Do que comemos estava tudo óptimo. Apostámos nos dim sum. No chicken shui mai e nos crispy duck rol

No char sui cheung fun,

No vegetable Shanghai dumpling,
Nos rice paper prawn and mango rol, que quando saboreei tive como que um orgasmo gustativo, tal a explosão de sabor e textura,

E nos prawn and enoki spring roll, que de tão saborosos desapareceram num âpice e quase não iam a tempo da fotografia.
De sobremesa deleitámo-nos com a pastelaria extraordinária. Para além de apetecível aos olhos, pela delicadeza que apresenta, é igualmente fantástica ao palato.
Optámos pelo Cassis chocolate, com chocolate, violeta e groselha, e pelo Strawberry basil gateaux, com morango, limão, manjericão, pain de gene e amêndoa, ambos acompanhados por gelado.

Levámos ainda para casa um sortido de macarons formidáveis, no sabor e textura.
Foi basicamente uma refeição extraordinária, num espaço muito confortável e agradável, a um preço muito razoável, para o restaurante e cidade em causa. Seguramente para recordar e regressar.